Como começou o Halloween?
Escrito por Susana Monteiro em Outubro 5, 2023
Outubro é mês de Halloween (embora os fanáticos do Natal queiram começar a cantar Mariah Carey assim que acaba o verão).
O Halloween, ou Dia das Bruxas, comemora-se anualmente a 31 de outubro. A palavra inglesa deriva da expressão “hallow evening” (santa véspera), pois 31 de outubro é véspera do Dia de Todos os Santos.
Esta festividade faz parte da cultura americana e irlandesa. Contudo, adaptou-se a cada parte do mundo com o conceito moderno onde as pessoas se mascaram, e as crianças pedem doces de porta em porta.
Acredita-se que as primeiras comemorações do Halloween teriam surgido há mais de 2,5 mil anos com o povo celta. Estes acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro, de acordo com o antigo calendário celta), os mortos e espíritos malignos saíam para atormentar os vivos.
Para se protegerem dos “mortos-vivos”, os celtas decoravam as suas casas com objetos macabros, como ossos e caveiras, para afugentar as “forças do mal”.
Mas, durante a Idade Média, a Igreja Católica não via este festival pagão com bons olhos. As pessoas que festejavam esta data eram perseguidas, acusadas de bruxaria e magia negra, e levadas à fogueira da Inquisição.
Para tentar cristianizar a data, a Igreja Católica criou o Dia de Todos os Santos (1 de novembro), para celebrar a alma das pessoas que já faleceram.
Após a Reforma Protestante, a tradição transformou-se, e o Halloween tornou-se uma celebração infantil, com direito a fantasias, doces e brincadeiras.
Tradição em Portugal:
Em Portugal, o Dia das Bruxas (como é conhecido), o mais tradicional é mesmo o “Pão por Deus”. Esta é a forma mais comum de pedir doces, na maior parte do País, e tem sido assim há séculos, mas no dia 1 de novembro, em vez de 31 de outubro.
As crianças visitam as casas dos vizinhos em grupos com sacos de pano feitos de retalhos e batem às portas cantando diferentes versos, dependendo da região de Portugal.
O “Pão por Deus” é chamado “Bolinho” ou “Santoro”, noutras partes do país. Tradicionalmente, as crianças recebem broas doces, maçãs, romãs, nozes, castanhas ou outros frutos secos da época.