Diogo Lopes foi o convidado do ‘Alta Definição’
Escrito por Redação em Abril 5, 2025
“Vivemos num mundo doente. Crianças a serem bombardeadas”.
O ator Diogo Lopes foi o convidado do programa ‘Alta Definição’, transmitido este sábado na SIC. Durante a conversa com Daniel Oliveira, Diogo partilhou reflexões sobre a atual situação mundial, destacando a sua preocupação com os conflitos que afetam crianças inocentes.
“Vivemos num mundo absolutamente doente, neste momento. Enquanto estamos aqui a falar tranquilamente, há crianças a serem bombardeadas, e não se pode fugir disto, mas isto está a acontecer. Para mim, transcende-me a minha capacidade de entender”, desabafou o ator.
Diogo enfatizou que não se trata de uma questão política ou geopolítica, áreas nas quais não se considera especialista, mas sim de humanidade. “Estou a falar de humanidade e de sermos humanos. Como é que alguém pode achar que isto que está a acontecer é um dano colateral e é uma coisa que tem de acontecer por um bem maior, ou uma realidade que alguém idealizou. Haver uma pessoa que acreditasse nisto já era grave, depois quando percebes que há muita gente, é duro, muito duro”, acrescentou.
O ator, que é pai de uma menina chamada Eleanor, fruto da relação com a também atriz Diana Marquês Guerra, expressou o desejo de ensinar à filha a importância de cuidar dos outros. “Aquilo que procuro fazer, e que gostava de passar à minha filha, é que todos devemos cuidar do nosso jardim. Devemos cuidar dos nossos. Se tiver um amigo ou um familiar que não saiba uma coisa que se está a passar no mundo e que eu comente, e que ele depois possa ir formar a opinião dele mas que fique consciente do que está a acontecer, para mim já está ganho. E acho que se todos fizermos isto, cuidarmos do nosso jardim, de repente o jardim passa a pomar e a floresta… e somos capazes de fazer disto um sítio melhor para se estar”, afirmou.
Diogo Lopes também refletiu sobre a tendência humana de empatizar mais facilmente com aqueles que são semelhantes a nós. “Não quero ser injusto, mas acho que empatizamos muito com quem é mais parecido connosco. É muito mais fácil empatizar com quem se veste como nós, com quem tem um tom de pele mais parecido, com quem ora aos mesmos deuses… Quando as pessoas são diferentes, os deuses não são os mesmos ou têm outros nomes, é mais difícil empatizar”, comentou.
Estas declarações surgem num contexto de crescente preocupação internacional com crises humanitárias, como a que ocorre na Faixa de Gaza. Desde 2023, a região tem sido palco de intensos conflitos, resultando em milhares de vítimas civis, incluindo crianças, e numa situação humanitária considerada catastrófica por diversas organizações internacionais.
A entrevista completa com Diogo Lopes aborda outros temas pessoais e profissionais do ator.