Myanmar é antigida por novo sismo
Escrito por Redação em Março 30, 2025
Um sismo de magnitude 5,1.
Uma réplica do terramoto de sexta-feira abala Mandalay. O número de vítimas mortais pode chegar aos dez mil.
Um sismo de magnitude 5,1 na escala de Richter foi registado hoje na região central de Myanmar, próximo a Mandalay.De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro localizou-se a 28 quilómetros a noroeste de Mandalay, com uma profundidade de 10 quilómetros.
Este abalo é considerado uma réplica do terramoto de magnitude 7,7 que ocorreu na sexta-feira. Até ao momento, não há informações sobre novos danos ou vítimas decorrentes desta réplica.
As autoridades continuam as operações de busca e salvamento nas áreas afetadas, enquanto a população permanece em alerta devido à possibilidade de novas réplicas.
Na sexta-feira, o terramoto de magnitude 7,7 atingiu Myanmar, causou pelo menos 1.644 mortos e mais de 3.400 feridos. O sismo afetou gravemente infraestruturas como pontes, estradas, hospitais e redes de comunicação, dificultando os esforços de resgate.
A região de Mandalay foi uma das mais afetadas, com milhares de edifícios danificados, incluindo casas, escolas e templos. A histórica Ponte Ava e a Universidade de Mandalay sofreram danos significativos.
O terramoto também teve impacto em países vizinhos, como a Tailândia, onde foram registadas 18 mortes, 33 feridos e 78 desaparecidos na área metropolitana de Banguecoque.
A comunidade internacional mobilizou-se para prestar assistência. A ONU alocou 5 milhões de dólares para resposta imediata, enquanto países como China, Rússia, Índia e Coreia do Sul enviaram equipas de resgate e ajuda humanitária.
No entanto, a situação política complexa de Myanmar, marcada por um conflito armado entre a junta militar e milícias opositoras, complica os esforços de socorro. O Governo de Unidade Nacional (NUG) declarou um cessar-fogo unilateral de duas semanas nas áreas afetadas para facilitar a ajuda.
Especialistas em geologia apontam que a devastação foi agravada pela localização do sismo na falha de Sagaing, uma falha tectónica semelhante à de San Andreas na Califórnia, e pela falta de cumprimento de normas de construção anti-sísmica.
As operações de resgate continuam, mas enfrentam desafios devido a infraestruturas danificadas, escassez de suprimentos médicos e condições instáveis. A Cruz Vermelha lançou um apelo de emergência para angariar 100 milhões de francos suíços, visando assistir 100.000 pessoas nos próximos 24 meses.
A população permanece em alerta devido a possíveis réplicas e à lenta chegada de ajuda às áreas mais remotas.