Jovem torriense vence categoria artística em Concurso Internacional de Fotografia
Escrito por Susana Monteiro em Dezembro 13, 2024
João Pedro Canário conquista 1.º prémio na categoria de imagens artísticas.
João Pedro Canário, fotógrafo entusiasta torriense, conquistou o 1.º prémio na categoria de imagens artísticas no Concurso Internacional de Fotografia “Novas Sociedades Longevas”, promovido pela Fundação Geral da Universidade de Salamanca (FGUSAL), através do Centro Internacional sobre Envelhecimento (CENIE).
A 5.ªedição atraiu mais de 1.270 fotografias de autor, provenientes de 15 países, incluindo Argentina, Índia e México.
A fotografia premiada, intitulada por “Viver Depois de Ti” aborda temas como viuvez, saudade e o amor. A descrição revela o seu significado partilhando o seguinte: “Há uma linha que separa o passado do presente. Os anos passaram, os tempos mudaram e as pessoas envelheceram. Há um futuro que ficou por acontecer, mas será que ela morreu mesmo? Nunca! O amor de uma vida inteira continua vivo para sempre… na memória e no coração dele”.
Os jurados classificam-na como: “Um dos atributos mais importantes desta fotografia é a capacidade que tem de salvar memória. Esta imagem agrada-nos especialmente porque é humilde e muito honesta”.
Esta obra artística presta homenagem a Augusto Baltazar, conhecido como Cabaço, um senhor de 87 anos que foi um dos primeiros moradores do bairro da Floresta – local onde a fotografia foi captada, em Torres Vedras. Desde 1962, Augusto testemunhou a transformação do local, que passou de uma floresta a perder de vista para um bairro habitado.
A história de amor com a sua falecida esposa, chamada Caia, com quem teve dois filhos, é a mensagem principal da imagem. Augusto é descrito como um homem generoso, de alma tranquila e sempre sorridente.
Nos últimos anos, a perda de vizinhos e a viuvez aumentaram a sua sensação de isolamento. No entanto, em 2021, a sua vida ganhou um novo rumo ao descobrir o projeto Somos Comunidade, promovido pela ATV. Esse espaço de convívio e aprendizagem tornou-se essencial para Augusto, que se destacou como um dos primeiros homens a integrar o coro Música Sem Idade, onde hoje participa assiduamente, cantando música tradicional portuguesa.
Vê aqui a fotografia vencedora:
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