Inês Herédia defende que o Dia do Pai e o Dia da Mãe deve ser “renomeado”

Escrito por Inês Ferreira em Março 20, 2024

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A atriz e Gabriela Sobral são mães dos gémeos, Luís e Tomás.

Na terça-feira, 19 de março, Inês Herédia recorreu às redes sociais para deixar uma reflexão. A atriz defende que o Dia do Pai e o Dia da Mãe deve ser “renomeado”.

“Esta bola serve só para mandar aqui um props para todas as escolas que já suprimiram o dia do pai e o dia da mãe para um único Dia da Família. As opiniões dividem-se muito neste tema, mas o que é curioso, é que nenhum pai/mãe/cuidador(a) que não tenha presente a outra figura (seja porque razão for) está do lado do ‘sim senhor deve manter-se o dia do pai e o dia da mãe’”, começou por escrever.

“É muito fácil pensar-se que se deve celebrar nas escolas um dia do pai e um dia da mãe quando existem essas duas figuras em casa. Os argumentos que mais oiço são 2: ‘coitados também dos outros que têm e os querem celebrar’ e ainda ‘há que preparar os miúdos para as realidades deles’. Venho aqui falar com propriedade em relação a estes dois argumentos: 1.º sou mãe, e como mãe, sinto-me zero ofendida por ter o meu dia renomeado para dia da família, assim como os meus filhos seguramente não sentem que me estão a celebrar menos por o dia ter esse nome. 2.º as crianças sabem a realidade em que vivem porque é a realidade em que vivem. Tão simples quanto isto”, explicou.

“O que é perfeitamente inconsequente é uma/duas semanas de preparação de presente do dia do pai ou dia da mãe em que o assunto é sublinhado diariamente. Quando há crianças em que pais/mães morreram, foram comprar cigarros e não voltaram, têm duas mães ou dois pais, ou só têm avós“, referiu.

“Era só para partilhar esta reflexão, convidar a que partilhem nos comentários as escolas que sabem já ter um único Dia da Família e desejar um dia fixe a todos os pais, todos os que não o conseguem ser, todos os que já cá não têm os filhos e principalmente a todos os filhos que estão há duas semanas a preparar um presente para um ‘pai de substituição’ nas escolas. Isso não existe”, concluiu.