Greve dos professores arranca hoje!
Escrito por Ana Sofia Figueiredo em Outubro 6, 2023
Primeiro, os professores, em seguida, os assistentes operacionais.
O número de queixas dos professores aumentou e eles prometem intensificar os protestos caso o Orçamento do Estado não apresente soluções para os problemas nas escolas. Os assistentes operacionais juntam-se ao protesto na próxima segunda feira, exigindo melhores salários.
Após o feriado de 5 de outubro, que coincide com o Dia Internacional do Professor, as greves estão previstas. Hoje, sexta-feira, 6 de outubro, os professores participarão de uma greve nacional de 24 horas.
Na segunda-feira, nos mesmos moldes, serão os assistentes operacionais a entrar em greve.
No caso dos professores, há a possibilidade de as escolas permanecerem abertas, mesmo que sem aulas. No entanto, na segunda-feira, sem assistentes operacionais para garantir a segurança nos recreios e a supervisão dos alunos, é improvável que as escolas abram. O funcionamento dependerá principalmente dos níveis de adesão à greve em ambos os casos.
A sexta-feira marca-se por vários protestos dos professores, incluindo uma concentração em frente à residência do primeiro-ministro, onde se aprova uma manifestação com dez reivindicações, exigindo soluções para a área da Educação.
Estes protestos organizam-se pela plataforma composta por nove sindicatos, nomeadamente ASPL, Fenprof, FNE, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU. Estes mesmos sindicatos unem-se para convocar uma greve de 24 horas, cujo anúncio fez-se em julho.
Na segunda-feira, 9 de outubro, os assistentes operacionais realizarão sua própria paralisação. Neste caso, a greve convocou-se pelo Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE), que, em seu aviso prévio enviado ao Ministério da Educação, destaca a “desvalorização salarial destes profissionais da educação”, uma situação que perdura desde 2010.
No documento apresentado, argumenta-se que os salários dos assistentes operacionais aproximam-se cada vez mais do valor do salário mínimo nacional, devido ao aumento deste último, enquanto as tabelas salariais dos assistentes operacionais permanecem inalteradas.
Além disso, outra reclamação destaca que, de acordo com as regras atuais, um assistente operacional precisaria trabalhar até completar 70 anos para alcançar o topo de sua carreira, o que é considerado irracional e sem fundamento científico.