Tempestade Martinho continua a fazer estragos
Escrito por Redação em Março 22, 2025
Hoje já foram registadas 207 ocorrências.
A passagem da depressão Martinho continua a fazer estragos em várias regiões do país. De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), entre as 00h00 e as 10h00 deste sábado já foram registadas 207 ocorrências, a maioria relacionadas com a queda de árvores e estruturas devido aos ventos fortes.
As regiões mais afetadas durante este período foram a Área Metropolitana do Porto, com 39 ocorrências, seguida da Grande Lisboa, com 33, e Coimbra, com 27. Contudo, os dados não incluem a cidade de Lisboa, uma vez que o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa não reporta as suas ocorrências à ANEPC. Contactado pela agência Lusa, o regimento informou que só mais tarde poderá divulgar o balanço devido ao elevado número de situações em curso.
No total, as equipas registaram 112 quedas de árvores, 49 quedas de estruturas, 24 deslizamentos de terras e 11 situações de limpeza de vias. Apesar do elevado número de incidentes, não há registo de feridos nem de danos materiais significativos até ao momento.
A ANEPC revelou ainda que, na sexta-feira, entre as 00h00 e as 23h59, foram registadas 1.038 ocorrências em Portugal continental, além de 235 registadas pelo Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, totalizando mais de 1.200 situações.
Desde quarta-feira a depressão Martinho tem provocado milhares de ocorrências em Portugal continental, especialmente entre quarta e quinta-feira, os dias mais intensos da tempestade. Durante esse período, a ANEPC contabilizou mais de 8.600 ocorrências em todo o território nacional.
A forte chuva, vento e agitação marítima causaram quedas de árvores e estruturas, afetando estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e abastecimento de água. As regiões mais atingidas foram Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul.
Registou-se um ferido grave e cerca de uma dezena de feridos ligeiros. Além disso, os ventos fortes da noite de quarta para quinta-feira ajudaram a propagar cerca de 50 incêndios rurais no Minho, um fenómeno incomum nesta época do ano. Felizmente, não houve vítimas nem danos em habitações devido aos fogos.
As autoridades continuam a monitorizar a situação e a atuar na resposta às ocorrências, alertando a população para os riscos associados ao mau tempo.