Silvânia Monteiro e Edmilson Nascimento, acusam o hospital de não realizar exames de diagnóstico na criança e criticam o INEM pela demora na chegada da ambulância e pela atitude de quem atendeu a chamada.
Em entrevista à CNN Portugal, Edmilson relatou que, após ligar para o 112, dirigiu-se de carrinha do local onde estava em Santa Iria para casa, no Prior Velho, e chegou antes da ambulância. “Ele [o filho] já não estava nada bem, em condições péssimas. Nem dá para lembrar”, desabafou o pai.
De acordo com o INEM, a chamada para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) foi recebida às 14h33 e, inicialmente, o técnico pediu para falar diretamente com a mãe do bebé, que estava ao lado da criança, para realizar a triagem. Contudo, a ligação foi desligada pelo pai, causando um atraso no processo. Posteriormente, o INEM conseguiu contactar a mãe, que inicialmente descreveu sintomas de vómitos e diarreia. Apenas mais tarde informou que o bebé estava pálido e com dificuldades respiratórias, o que levou à mobilização de uma ambulância às 14h53.
Os Bombeiros Voluntários de Sacavém, acompanhados por uma VMER de São José, chegaram ao local às 15h. Quando chegaram, o bebé já se encontrava em paragem cardiorrespiratória. A mãe, desesperada, segurava-o ao colo, na rua, enquanto falava ao telefone com o INEM. Apesar dos esforços de reanimação, o óbito foi confirmado no local.
A respeito do atendimento no Hospital Dona Estefânia no dia 8 de janeiro, a Unidade Local de Saúde de São José emitiu um comunicado afirmando que a criança apresentava sintomas compatíveis com uma gastroenterite aguda, mas sem sinais de gravidade. A instituição garantiu que o bebé foi observado por um médico especialista e orientado com recomendações para regressar ao hospital em caso de agravamento dos sintomas.
O corpo do bebé foi enviado ao Instituto de Medicina Legal para a realização de uma autópsia, e as causas da morte ainda não foram divulgadas. O caso continua sob investigação.
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