Nuno Lopes acusado de agressão sexual por guionista americana
Escrito por Inês Ferreira em Novembro 21, 2023
A guionista avançou com um processo judicial contra o ator português.
Segundo o site do Daily Mail, A.M. Lukas acusa Nuno Lopes de a ter drogado e violado após um evento no Festival de Cinema de Tribeca, em 2006.
A realizadora e guionista avançou com um processo judicial esta segunda-feira, dia 20 de novembro.
“Não podemos aceitar um mundo em que perpetradores de abomináveis e desumanos comportamentos possam viver a sua vida, impunemente e sem consequências sociais, enquanto as vítimas sofrem em silêncio”, afirmou a realizadora, citada pelo Daily Mail.
“O senhor Lopes teve a oportunidade de se responsabilizar pelas suas ações: de admitir o que fez; de reconhecê-lo e pedir desculpas. Imediatamente, ele recusou fazê-lo, tendo comunicado firmemente que nunca iria reconhecer que tenha praticado qualquer mal”, acrescentou.
Através de um comunicado, Nuno Lopes já reagiu a estas acusações: “Apesar de prezar desde sempre a minha vida pessoal e ter optado por proteger a minha privacidade ao máximo, neste caso tenho a maior vontade de vir a público esclarecer e contar a verdade sobre esta história. No entanto, e contra os meus instintos, fui veementemente instruído pelos meus advogados americanos a abster-me de revelar todos e quaisquer detalhes sobre o processo movido ontem em Nova Iorque, que contém alegações com 17 anos, do tempo em que era estudante de representação em Nova Iorque em 2006”, começou por referir.
“Por enquanto, posso apenas dizer isto: recentemente, recebi com surpresa e choque uma carta vinda dos Estados Unidos por parte dos advogados de A. M. Lukas, a acusar-me de ter drogado e violado A. M. Lukas há 17 anos, pedindo-me que propusesse uma quantia monetária para este caso acabar e um pedido de desculpas. Rejeitei ambos. Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os atos de que me acusam. Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos”, acrescentou.
“Tenho o maior respeito e solidariedade por todas as vítimas de qualquer tipo de violência. Estou de consciência absolutamente tranquila, mas ciente das consequências gravíssimas que este caso representa. E de como a minha decisão de recusar um acordo confidencial e avançar publicamente para tribunal aporta consequências para a minha reputação quer pessoal, quer profissional. Não obstante, quero deixar bem claro que refuto todas as acusações que me são feitas, que espero que este caso seja prontamente esclarecido e julgado justamente pelas autoridades competentes e que nunca terei medo de agir judicialmente contra qualquer pessoa que tente difamar o meu bom nome”, finalizou.