Ativistas bloqueiam estrada em Lisboa
Escrito por Ana Sofia Figueiredo em Outubro 19, 2023
Os membros do grupo Climáximo apelam às instituições que reconheçam a realidade da crise climática.
Nesta quinta-feira, 19 de outubro, ativistas do grupo Climáximo bloquearam a Rua da Escola Politécnica, em frente ao Museu de História Natural e da Ciência, em Lisboa.
Em comunicado, o grupo explicou que o protesto, que resultou na interrupção do trânsito, tem como objetivo pressionar as instituições a reconhecerem a realidade da emergência climática e a agirem de acordo com ela.
Nas imagens partilhadas, é possível ver vários ativistas sentados na via pública, com uma faixa: “Estão a destruir tudo o que amas”.
A porta-voz da Climáximo, Leonor Canadas, que é agrónoma, afirmou no mesmo comunicado: “há milhões de mortes declaradas pela crise climática, e têm culpados. Os governos e empresas emissoras estão neste momento a matar milhares de pessoas, a despejar dezenas de milhões, a queimá-las vivas, a afogá-las. Estas mortes foram conscientes. Isto é guerra. Temos o dever de resistir, e as instituições de dizer a verdade.”
Assim, o grupo apela à “honestidade por parte de todas as instituições sobre o estado de crise climática, entrando estas em emergência climática, reconhecendo-a como prioridade central da sociedade, e agindo de acordo com a ciência”.
“É necessário dizer a verdade às pessoas para que possamos tomar decisões informadas e honestas para travar o colapso climático” realçando que “é absolutamente necessário alcançar neutralidade carbónica até 2030 em Portugal, entre um grupo extenso de medidas disponíveis online, avança o coletivo”.