Economia da Atenção: Onde a tua perda de tempo é dinheiro

O impacto das redes sociais na tua vida.

Hoje em dia, não há ninguém que não tenha pelo menos uma rede social. Seja a consumir conteúdo nas plataformas de streaming, ou a enviar incontáveis áudios e mensagens por várias apps, como é o caso do WhatsApp. A verdade, é que estamos a passar a maior parte do nosso dia colados a um ecrã, e esta realidade gerou toda uma “economia da atenção”.

Mas começando pelo início… o que é a Economia da Atenção?

A Economia da Atenção é uma forma de gerir informações, e tratar a atenção humana como um bem escasso, revelando como podemos capitalizar dessa mesma atenção, e tratá-la como mercadoria. O termo foi usado pela primeira vez em 1971, por Herbert A. Simon, e hoje em dia aplica-se, mais do que nunca, à forma como nos é dada informação na internet.

Em 1997, Michael H. Goldhaber escreveu que a economia global está a mudar. De uma economia baseada em materiais, passa agora para uma economia baseada na capacidade de captar a atenção humana. Na economia da atenção, esta não é apenas um recurso, mas sim uma moeda, onde os utilizadores pagam por um serviço com a sua atenção.

A teoria é simples, se a aplicação não conseguir captar a tua atenção, não está a fazer dinheiro. Para este efeito, muitas criam estratégias para te prender ao ecrã. Por exemplo, o TikTok, não separa um vídeo do outro, sendo tudo um rasto contínuo de entretenimento.

O scroll infinito, e os nossos cérebros, programados para procurar diversão a todo o momento, fazem das redes sociais a opção mais apetecível.

Em conclusão, hoje em dia, damos tanto do nosso tempo às redes sociais, que nos esquecemos das pequenas coisas, e perdemos muito do que se passa à nossa volta. Tornamo-nos mais humanos e empáticos, para as histórias das pessoas do outro lado do nosso telemóvel, mas esquecemo-nos de dar atenção às que estão connosco todos os dias.

A economia da atenção veio para ficar, e está em constante crescimento. Cabe-nos a nós ser mais conscientes, e entender que o nosso tempo é, mais do que nunca, dinheiro.