António Raminhos: “Evitar o perigo não acaba com a obsessão ou ansiedade”
Escrito por Ana Sofia Figueiredo em Janeiro 12, 2024
O humorista aborda a sua saúde mental.
António Raminhos recentemente partilhou nas suas redes sociais um desabafo sobre a sua saúde mental, um tema que ele tem discutido abertamente com os seus seguidores.
Ao descrever um episódio recente relacionado aos seus desafios com “obsessão ou ansiedade”, ele afirmou:
“Cara de quem ia passar por uma determinada rua, mas cujas as obras presentes o deixaram desconfortável porque podiam ter muitos pós prejudiciais e teve de escolher outro caminho mais ‘seguro’. E que agora ficou a pensar que exatamente por ter evitado essa rua, que só na sua cabeça era insegura, vai passar por uma outra realmente perigosa como castigo divino e ficar condenado.
Às vezes há dias assim. Em que vamos com confiança para superar um medo, mas no momento, tudo volta atrás. Mas evitar o perigo não acaba com a obsessão ou ansiedade. Depois vem a culpa, o sentimento de ridículo, a condenação e o tal castigo divino. A mente ansiosa e obsessiva nunca trabalha a nossa favor. Quer-nos em constante alerta, prevenindo-nos de um mundo fatídico que só existe na nossa cabeça. Aliás, o perigo imaginado é pior do que o real, porque na nossa cabeça somos o realizador, produtor e ator de qualquer obra e com acesso aos melhores efeitos.
Não passei na rua e vieram todos os outros pensamentos catastróficos. Encostei o carro, respirei fundo, aceitei o momento, deixei esses gritos de fatalidade a ecoar na minha cabeça e segui caminho. Logo passo na rua”.
“O meu tema de hoje era este, mas podia ter sido outro qualquer, como será o vosso. O padrão é o mesmo. O importante é seguir caminho, por mais ‘poeirento’ que ele nos pareça”, concluiu.
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