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Portugueses priorizam urgências por redução de consultas médicas

Escrito por em Novembro 7, 2023

 

Curiosamente, os portugueses também se destacam por terem menos consultas médicas presenciais por ano em comparação com outros países.

 

 

Os dados foram divulgados no relatório “Health at a Glance” de 2023, publicado pela OCDE nesta terça-feira. O relatório revela que, em média, cada indivíduo realizou 3,5 consultas médicas presenciais em 2021 em Portugal, enquanto a média da OCDE foi de 6 consultas anuais. Isso coloca Portugal na oitava pior posição entre 32 países avaliados.

É importante constar que esses números não incluem as consultas online. O relatório esclarece que, em 2021, “em Espanha, Portugal, Estónia e Dinamarca, as teleconsultas foram particularmente importantes, compreendendo mais de 30% de todas as consultas médicas”.

Quanto ao número de admissões nos serviços de urgência, Portugal lidera a lista de 25 nações, com cerca de 63 visitas às urgências por cada 100 habitantes, muito acima da média de 27 admissões da OCDE.

 

Sobre o relatório de saúde

O relatório destaca que o alto uso dos serviços de urgência pode indicar cuidados de saúde inadequados e ineficientes, especialmente se muitos pacientes procuram os departamentos de urgência para condições que poderiam ser geridas de forma mais adequada nos cuidados primários e comunitários.

Em relação à disponibilidade de camas hospitalares e cuidados intensivos, Portugal apresenta números abaixo da média da OCDE, com 3,5 camas hospitalares por mil habitantes em 2021 e 10,2 camas de cuidados intensivos de adultos por 100 mil habitantes. No entanto, a taxa de ocupação (cerca de 78% em 2021) e o tempo médio de internamento (cerca de 9,3 dias) estão acima da média da OCDE.

Portugal tem um número de médicos acima da média da OCDE, com 5,6 médicos por mil habitantes. No entanto, consta-se que esse número inclui todos os médicos com habilitação para exercer, não apenas os que estão efetivamente a exercer a profissão. Além disso, em 2017, 12% dos médicos em atividade tinham formação estrangeira. No que diz respeito aos enfermeiros, o país tem 7,4 profissionais em exercício por mil habitantes, abaixo da média da OCDE.

Em relação à remuneração, o estudo revela que Portugal está entre os países onde a remuneração dos médicos diminuiu em termos reais. Embora os rendimentos dos médicos tenham aumentado desde então, em 2021 ainda estavam abaixo dos níveis de 2011 quando ajustados à inflação. Houve também uma diminuição nos salários dos enfermeiros entre 2010 e 2019.

No que diz respeito aos gastos com saúde, Portugal gastou 4.162 dólares por habitante no ano passado, o que corresponde a 10,6% do PIB, enquanto a média da OCDE foi de 4.986 dólares. O relatório também destaca um aumento nas despesas com saúde per capita de 4,4% entre 2019 e 2022.

 

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